www.brasilescola.com/quimica/acidente-cesio137.htm
historia.abril.com.br/fatos/cesio-137-brilho-morte-435543.shtml
www.mundovestibular.com.br/articles/4580/1/O-CESIO-137-E-O-ACIDENTE-NUCLEAR-EM-GOIANIA/Paacutegina1.html
pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_radiol%C3%B3gico_de_Goi%C3%A2nia
www.infoescola.com/quimica/acidente-do-cesio-137/
Rad.Césio
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
domingo, 7 de novembro de 2010
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Radiação.
ESTRUTURA DA MATÉRIA
Todas as coisas existentes na natureza são constituídas de átomos ou suas combinações.
O ÁTOMO
Atualmente, sabemos que o átomo é a menor estrutura da matéria que apresenta as propriedades de um elemento químico. A estrutura do átomo é semelhante a do Sistema Solar, consistindo em um núcleo, onde fica concentrada a massa, como o Sol, e em partículas girando ao seu redor, denominadas elétrons, equivalentes aos planetas.
Como o Sistema Solar, o átomo possui grandes espaços vazios, que podem ser atravessados por partículas menores do que ele.
ESTRUTURA DO NÚCLEO
O núcleo do átomo é formado por partículas de carga positiva, chamadas prótons, e de partículas de mesmo tamanho mas sem carga. denominadas nêutrons. O número de prótons ou número atômico identifica um elemento químico, comandando seu comportamento em relação aos outros elementos.
O elemento químico natural mais simples, o hidrogênio, possui apenas um próton, contudo o número de nêutrons pode ser variável e sua quantidade irá definir diferentes isótopos, e um determinado elemento químico pode existir com diferentes números de nêutrons. Um exemplo disso é o caso do urânio, que na natureza aparece sob a forma de três isótopos, que são: Urânio-234, U-235 e 238.
Todos eles possuem 92 prótons e, respectivamente 142, 143 e l46 nêutrons.
A RADIOATIVIDADE
O esquecimento de uma rocha de urânio sobre um filme fotográfico virgem levou à descoberta de um fenômeno interessante: o filme foi velado(queimado) por alguma coisa, na época denominada raios ou radiações.
Outros materiais pesados, com massas próximas á do urânio, como o rádio e o polônio, também tinham a mesma propriedade. O fenômeno foi denominado radioatividade e os elementos que apresentam essa propriedade foram chamados de elementos radioativos. Comprovou-se que um núcleo muito energético, por exemplo, com excesso de partículas ou de carga, tende a estabilizar-se, emitindo algumas partículas.
RADIAÇÃO ALFA OU PARTICULA ALFA
Um dos processos de estabilização de um núcleo pesado é a emissão de um grupo de partículas, constituídas por dois prótons e dois nêutrons, denominado radiação alfa ou partícula alfa, e da energia a ela associada.
RADIAÇÃO BETA OU PARTÍCULA BETA
Outra forma de estabilização, quando existe no núcleo um excesso de nêutrons em relação a prótons, é através da emissão de uma partícula negativa, um elétron, resultante da conversão de um nêutron em um próton. É a Partícula Beta Negativa ou, simplesmente, Partícula Beta.
No caso de existir excesso de carga positiva (prótons), é emitida uma Partícula Beta Positiva, chamada Pósitron, resultante de uma conversão de um próton em um nêutron. Portanto, a radiação beta é constituída de partículas emitidas por um núcleo, quando da transformação de nêutrons em prótons (Partícula Beta) ou de prótons em nêutrons (Pósitron)
RADIAÇÃO GAMA
Geralmente, após a emissão de uma partícula alfa ou beta, o núcleo resultante desse processo, ainda com excesso de energia, procura estabilizar-se, emitindo esse excesso em forma de onda eletromagnética, da mesma natureza da luz, denominada Radiação Gama.
PARTÍCULAS E ONDAS
Conforme foi descrito, as radiações nucleares podem ser de dois tipos:
a) partículas, possuindo massa, carga elétrica e velocidade dependente da sua energia;
b) ondas eletromagnéticas, que não possuem massa e se propagam com a velocidade da luz de 300.000 km/s, para qualquer valor de energia.
A identificação desses tipos de radiação foi feita, utilizando-se uma porção de material radioativo, com o feixe de radiações passando por entre duas placas, polarizadas com um forte campo elétrico.
ATIVIDADE DE UMA AMOSTRA
Os núcleos Instáveis de uma mesma espécie (mesmo elemento químico) e de massas diferentes, denominadas Radioisótopos não realizam todas as mudanças ao mesmo tempo. As emissões de radiação são feitas de modo imprevisto e não se pode adivinhar o momento em que um determinado núcleo irá emitir radiação.
Entretanto, para a grande quantidade de átomos existente em uma amostra, é razoável esperar-se um certo número de emissões ou transformações em cada segundo. Essa "taxa" de transformações é denominada Atividade da amostra.
DESINTEGRAÇÃO OU TRANSMUTAÇÃO RADIOATIVA
Como foi visto, um núcleo com excesso de energia tende a estabilizar-se, emitindo partículas alfa ou partículas beta. Em cada emissão de uma dessas partículas, há uma variação do número de prótons no núcleo, isto é, o elemento se transforma ou se transmuta em outro, de comportamento químico diferente.
Essa transmutação também é conhecida como desintegração radioativa, designação não muito adequada, porque dá a idéia de desagregação total do átomo e não somente da sua integridade. Um termo mais apropriado é decaimento radioativo, que sugere a diminuição de massa e de atividade.
MEIA-VIDA
Cada elemento radioativo, seja natural ou obtido artificialmente, se transmuta (se desintegra ou decai) a uma velocidade que lhe é característica (própria). Para se acompanhar a duração (ou a vida ) de um elemento radioativo foi preciso estabelecer uma forma de comparação. Por exemplo, quanto tempo leva para um elemento radioativo ter sua atividade reduzida à metade da inicial? Esse tempo foi denominado Meia-vida do elemento.
Meia vida , portanto, é o tempo necessário para a atividade de um elemento radioativo ser reduzida à metade da atividade inicial. Isso significa que, para cada meia-vida que passe, a atividade vai sendo reduzida á metade do valor anterior, até que esta atinja um valor insignificante que não permite mais distinguir suas radiações das do meio- ambiente. Dependendo do valor inicial, em muitas das fontes radioativas utilizadas em laboratórios de análise e pesquisa, após 10 meias-vidas, atingem esse nível. Entretanto, não se pode confiar totalmente nessa "receita" e sim numa medida com um detector APROPRIADO, pois nas fontes usadas na indústria e na medicina, após 10 meias-vidas, a atividade da fonte ainda é geralmente muito alta.
AS FAMÍLIAS RADIOATIVAS
Na natureza existem elementos radioativos que realizam transmutações ou "desintegrações" sucessivas, até que o núcleo atinja uma configuração estável. Isso significa que, após um decaimento radioativo, o núcleo irão possui ainda urna organização interna estável e, assim, ele executa outra transmutação para melhorá-la e, ainda não conseguindo, prossegue até atingir a configuração de equilíbrio.
Em cada decaimento, os núcleos emitem radiações dos tipos alfa, beta e/ou gama e cada um deles é mais organizado que o núcleo anterior. Essas seqüências de núcleos são denominadas Séries Radioativas ou Famílias Radioativas Naturais. No estudo da radioatividade constatou-se que existem apenas 3 séries ou famílias radioativas naturais, conhecidas como Série do Urânio, Série do Actínio e Série do Tório. A Série do Actínio, na realidade, se inicia com urânio235 e tem esse nome porque se pensava que ela começava pelo actínio –227.
As três séries naturais terminam em isótopos estáveis do chumbo, respectivamente, chumbo-206, chumbo-207 e chumbo-208. Alguns elementos radioativos têm meia-vida muito longa, como os elementos iniciais de cada série radioativa natural (urânio-235, urânio-238 e tório- 232). Dessa forma, é possível explicar porque há uma porcentagem tão baixa de urãnio-235 em relação à do urânio -238.
Como a meia-vida do urânio-235 é de 713 milhões de anos e a do urânio-238 é de 4,5 bilhões de anos, o urânio-235 decai muito mais rapidamente e, portanto, é muito mais "consumido" que o urânio-238. Com o desenvolvimento de reatores nucleares e máquinas aceleradoras de partículas, muitos radioisótopos puderam ser "fabricados" utilizando-se como matéria prima isótopos estáveis. Com isso, surgiram as Sedes Radioativas Artificiais, algumas de curta duração.
TRATAMENTO DOS REJEITOS RADIOATIVOS
Os rejeitos radioativos precisam ser tratados, antes de serem liberados para o meio-ambiente, se for o caso. Eles podem ser liberados, quando o nível de radiação é igual ao do meio-ambiente e quando não apresentam toxidez química. Rejeitos sólidos, líquidos 011 gasosos podem ser, ainda, classificados, quanto à atividade, em rejeitos de baixa, média e alta atividade.
Os rejeitos de meia-vida curta são armazenados em locais apropriados, até sua atividade atingir um valor semelhante ao do meio- ambiente, podendo, então , ser liberados. Esse critério de liberação leva em conta somente a atividade do rejeito. É evidente que materiais de atividade ao nível ambiental, mas que apresentam toxidez química para o ser humano ou que sejam prejudiciais ao ecossistema, não podem ser liberados sem um tratamento químico adequado. Rejeitos sólidos de baixa atividade, como parte de maquinária contaminadas, luvas usadas, sapatilhas e aventais contaminados, são colocados em sacos plásticos e guardados em tambores ou em caixa de aço, após identificação, classificação e etiquetagem.
Os produtos de fissão, resultantes do combustível nos reatores nucleares, sofrem tratamento especial em Usinas de Reprocessamento, onde são separados e comercializados para uso nas diversas áreas de aplicação de radioisótopos Os materiais radioativos restantes, que não têm justificativa econômica para serem utilizados, sofrem tratamento químico especial e são vitrificados, guardados em sistemas de contenção e armazenados em Depósitos de Rejeitos Radioativos. Os problemas relacionados com os rejeitos radioativos não são somente técnicos e sim, na sua maioria, políticos, particularmente no que diz respeito seleção de locais para a estocagem.
O ACIDENTE DE GOIÂNIA
O acidente de Goiânia envolveu uma contaminação radioativa. Uma fonte radioativa de césio-137 era usada em uma clínica da cidade de Goiânia para tratamento de câncer.
Nesse tipo de fonte, o césio- 137 fica encapsulado na forma de um sal, semelhante ao sal de cozinha, e armazenado em recipiente de chumbo, usado como uma blindagem contra as radiações. Após vários anos de uso, a fonte foi desativada, isto é, não foi mais utilizada, embora sua atividade ainda fosse muito elevada, não sendo permissível a abertura do invólucro e o manuseio da fonte sem cuidados especiais. As instalações que utilizam fontes radioativas, sejam na indústria, centros de pesquisa, medicina nuclear ou radioterapia, devem ter pessoas qualificadas em Radioproteção.
Os responsáveis pela fonte em questão notificaram à CNEN a sua desativação, conforme previsto em Norma. Essa mesma Norma, no entanto, também determina que o local destinado ao armazenamento provisório de rejeitos deve conter tais rejeitos com segurança, tanto físico como radiológico, até que possam ser removidos para local determinado pela CNEN. A clínica foi desativada e o material radioativo não foi retirado do local. O equipamento, contendo a fonte de césio-137, foi abandonado nas antigas instalações da Clínica, o que, de acordo com outra Norma da CNEN é proibido. Toda Firma que usa material radioativo, ao encerrar suas atividades em um local, deve solicitar o cancelamento da autorização para funcionamento (operação), informando o destino a ser dado ao material radioativo porventura existente
Um catador de papel "retirou" o equipamento do local e o vendeu para um ferro velho, para aproveitamento do chumbo nele contido, que servia de blindagem contra as radiações do césio- 137. A blindagem foi destroçada a golpes de marreta, deixando a mostra um pó azul brilhante, muito bonito, principalmente no escuro. E o "pozinho brilhante" foi distribuído para várias pessoas, inclusive crianças. O material radioativo foi-se espalhando pela vizinhança e várias pessoas foram contaminadas. A CNEN foi chamada a intervir e iniciou um processo de descontaminação de ruas, casas, utensílios e pessoas. O acidente radioativo de Goiânia resultou na morte de 4 (quatro) pessoas dentre 249 (duzentos e quarenta e nove) contaminadas. As demais vítimas foram descontaminadas e continuam em observação pela CNEN, não tendo sido registrados, até o momento, efeitos tardios provenientes do acidente.
Uma das pessoas mais atingidas, uma senhora, devidamente descontaminada, deu à luz uma criança perfeitamente sadia. Embora tendo sido um fato extremamente desagradável e indesejável, o acidente de Goiânia serviu para a divulgação dos perigos do mau uso dos materiais radioativos, mesmo aqueles usados para salvar vidas. É de suma importância destacar que este acidente aconteceu pelo não cumprimento das normas elementares de segurança exigidas pela CNEN.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
20 anos depois...
Até hoje, o acidente de Goiânia em 1987 é considerado o pior acidente radiológico em área urbana da história.
4 mortos inicialmente;
Cerca de 60 mortos posteriormente, entre funcionários que realizam a limpeza do local, funcionários da Vigilância Sanitária de Goiânia e vítimas altamente contaminadas.
628 vítimas contaminadas diretamente e reconhecidas pelo Ministério Público, entre eles policiais militares, bombeiros e vizinhos e familiares.
Associação de vítimas do Césio-137 estima que mais de 6 mil pessoas foram antigas pela radiação.
Vítimas do acidente.
Dia 10 de setembro - Kardec Sebastião dos Santos,Wagner Mota Pereira e Roberto Santos Alvez, catadores de ferro-velho em Goiânia, começaram a desmontar e retirar por partes um aparelho de radioterapia abandonado no prédio desativado de Instituto Goiânio de Radioterapia.
Dia 13 de Setembro - O aparelho, composto por um revestimento de chumbo e blindagem , e uma parte de platina que continha uma bomba com césio-137 para radioterapia, passa pelas casas de Roberto e Wagner, no centro de Goiânia é onde ele começa a ser desmanchado. A cápsula de césio é perfurada.
Dia 18 de setembro - A peça é vendida para um ferro-velho, onde é desmontada a marretadas e o césio é fragmentado e dispersado. Seu proprietário, Devair Ferreira, se encanta com o que encontrou no seu interior, um pozinho azul que brilhava no escuro o césio-137.
Dia 19 de setembro - Devair leva o césio para casa e o material vira atração da família e os amigos. Muitos deles ganham de presente um pó,assim, tragicamente, o césio-137 vai se espalhando. O irmão Ivo ferreira leva um pouco de césio no bolso e sua filha de 6 anos, Leide das Neves ingere algumas.
Dia 22 de setembro - Outro irmão de Devair, Odesson Alvez Ferreira, tem contato com o césio. Ele coloca em sua mão em fragmento do tamanho de um grão de arroz. Na época, Odessom era motorista de ônibus e transportava cerca de mil pessoas por dia. A parte dianteira do ônibus que ele dirigia foi posteriormente destruída e aterrada com o lixo radioativo do acidente.
Dia 28 de setembro - Maria Gabriela Ferreira, esposa de Devair, desconfia dos problemas de saúde da família e leva uma amostra de material, com a ajuda de um funcionário do ferro-velho para a Vigilância Sanitária, que fica sobre uma cadeira. Ao mesmo tempo, médicos do hospital de doenças tropicais, suspeitam que a causa das lesões e radiação, e alertam um físico sobre o caso, que decide investigar.
Dia 29 de setembro - Com um medidor de radiação o físico vai até a Vigilância Sanitária e consegue impedir que bombeiros joguem o material em um rio próximo à cidade. Imediatamente, a secretaria de Saúde do Estado é avisada e técnicos da Comissão Nacional de Energia Nuclear chegam à cidade, dando o alerta.
Nos dias subseqüentes, centenas de pessoas são levadas ao Estádio Olímpico para uma triagem e medicação de contaminação. De um grupo de 249 pessoas, cerca de 120 foram descontaminadas e liberadas. O restante,129, passaram a ser monitoradas,. Deste grupo, 79 tinham contaminação externa e 14 já estavam com o quadro clínico muito agravado, sendo removidas para o Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro. Neste grupo, estavam as quatro primeiras vítimas fatais do acidente.
Descontaminação
Para descontaminar a área, as autoridades enviam policiais e bombeiros sem nenhuma proteção e sem informação para isolar a área. Muitos deles se contaminam e apresentam problemas de saúde nos anos subseqüentes.
As vítimas da contaminação com o césio-137 têm suas casas e todos os seus pertences, inclusive animais, destruídos e levados para um aterro a céu aberto, na cidade de Abadia de Goiás. Posteriormente os dejetos de Abadia de Goiás foram aterrados.
Mortos
Dia 23 de outubro - Leide das Neves não resiste e acaba falecendo em decorrência da contaminação. No mesmo dia, sua tia Maria Gabriela também morre. Durante o enterro, cerca de 2000 moradores tentaram impedir o enterro já que temiam que o solo fosse contaminado pela radiação presente no corpo das vítimas.
Dia 28de outubro - morrem as outras duas vítimas fatais do césio. Israel Batista, de 22 anos, e Adimilson Alves, de 17 anos, ambos funcionários do ferro velho de Devair, que após o acidente se tornou alcoólatra e acabou falecendo 7 anos depois.
Números:
4 mortos inicialmente
60 mortos posteriormente
628 pessoas contaminadas reconhecidas pelo Ministério Público, entre elas bombeiros, policiais, moradores e agentes sanitários.
60 mortos posteriormente
628 pessoas contaminadas reconhecidas pelo Ministério Público, entre elas bombeiros, policiais, moradores e agentes sanitários.
O acidente radioativo com césio 137 em Goiânia.
No dia 13 de setembro de 1987, dois catadores de lixo encontraram um aparelho abandonado no terreno da antiga Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, o desmontaram para vender suas partes aproveitáveis. Venderam o aparelho para o dono de um ferro-velho, este acabou encontrando a cápsula que continha o Césio 137. Ficou impressionado com o pó que havia dentro daquela cápsula, pois este emitia uma luz azul intensa quando colocada no escuro. Acreditava que se tratava de algo sobrenatural, e a partir daí passou a expor o pó para outras pessoas, aquele pozinho de aparência inofensiva foi passado de mão em mão, contaminando as pessoas, o solo e o ar de boa parte da cidade de Goiânia, Goiás.
As pessoas que tiveram contato com o Césio 137 começaram a manifestar diversos sintomas, muitas não tinham a menor idéia do que havia acontecido com elas. Os hospitais não eram capacitados para diagnosticar os problemas apresentados por aquele grande número de pacientes. Apenas no dia 29 de setembro de 1987, é que foi diagnosticado que os sintomas eram de uma Síndrome Aguda de Radiação, e isso só foi possível porque a esposa do dono do ferro-velho levou parte da máquina de radioterapia até a sede da Vigilância Sanitária.
Com o aparelho em mãos, os médicos solicitaram a presença de um físico, pois suspeitavam que se tratava de uma contaminação radioativa. Depois que o físico constatou o elevado índice de radiação, começou a luta para descontaminar as áreas que tinham vestígio de Césio 137, especialistas do Brasil e de outras partes do mundo vieram ajudar nesse processo. Muitas pessoas morreram em conseqüência da contaminação, outras ficaram com lesões permanentes, tempos depois os descendentes dessas pessoas sofreram algum tipo de problema proveniente do Césio 137. Após a descontaminação, muitas pessoas sofreram com a discriminação da sociedade, muitos viam as vítimas como pessoas nojentas e inferiores por terem sido contaminadas com tal substância. O acidente com o Césio 137 foi o maior da história, por ter ocorrido fora de uma usina nuclear e, o segundo maior acidente radioativo de modo geral.
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